quarta-feira, 25 de abril de 2012

O dia que cantei Hurricane




Expectativas no chão. Além de desconstruir todas as músicas, a voz fanha agora é rouca e idosa. "Você não entenderá nem o good night, isto se, acontecer um good night". Ficou na cabeça, vamos lá para descobrir o homem e ver o que acontece.

Assim entrei para assistir e tentar escutar Bob Dylan em Belo Horizonte, a loteria para acertar as canções, a vibração de reconhecer o que era tocado e emoção de verdade por cantar "Like Rolling Stone" (sim, sabida a canção desde os primeiros acordes).


Mas nada se compara a "Hurricane", Letícia Fiuza que estava ao meu lado dizia desde às 21h00 (inicio do show), "eu quero ouvir Hurricane", tentava desencorajar, "ele não toca isso deve ter uns trinta anos". 


Mas sem mais, perto do fim, escuto "Pistol shots ring out in the ballroom night, Enter Patty Valentine from the upper hall. She sees the bartender in a pool of blood, Cries out, "My God, they've killed them all!" 


Penso, "Será", Letícia, Guilherme Guigo, Davi Bretas e mais quem estava envolta se olham, Fernando não entende. Gaitas, "Yes, here's the story of the Hurricane, The man the authorities came to blame". Sim, mais gente havia escutado aquilo.


Abraços, sorte, cantos. Bob Dylan o chato de galocha mor tocava o que a menina esperava e ninguém, nem no maior sonho poderia esperar. Comentários no fim, "Ele tocou Hurricane", BH é só amor. Mas não.


No outro dia recebo um email com o repertório. Cadê Hurricane? Não, não havia, o inconsciente coletivo colocou meia duzia de pessoas pra cantar, mas Hurricane de fato, onde? Seria possível?


Ato falho de uns gatos pingados. 


Ah, a música que a gente confundiu com Hurricane?, não faço a menor ideia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário